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Em tempos de quarentena em função da pandemia do coronavírus, muitos profissionais de áreas consideradas essenciais continuam desempenhando suas funções normalmente. É o caso dos coletores e varredores de todas as cidades atendidas pela Sustentare Saneamento no Brasil. Para preservar a saúde de todos os colaboradores, a empresa adotou uma série de medidas de enfrentamento ao coronavírus. Confira:

• Identificação e afastamento dos colaboradores que se enquadram no grupo de risco: mais de 60 anos; diabéticos; gestantes e lactantes; cardíacos e hipertensos; neoplasia (câncer).

• Afastamento dos colaboradores com sintomas e/oi exame positivo do coronavírus;

• Suspensão de todas as atividades que impliquem aglomeração de pessoas;

• Substituição do ponto eletrônico biométrico por outros métodos de controle da jornada de funcionários;

• Direcionamento dos colaboradores para o trecho, evitando aglomeração em alojamentos ou pontos de apoio;

• Desinfecção das cabines dos veículos com solução desinfetante eficaz;

• Higienização diária dos ônibus antes e depois do embarque e entre os turnos;

• Higienização das salas do setor administrativo e dos vestiários com frequência;

• Disponibilização de produtos de limpeza (água e sabão) ou álcool em gel para higienização dos equipamentos de trabalho e dos colaboradores ao longo da execução dos serviços;

• Compra de novos suprimentos de saúde para a equipe do SESMT e para o Ambulatório Médico;

• Compra de Termômetros Digitais Infravermelhos, sem contato, para medição da temperatura corporal dos colaboradores;

• Campanha de conscientização sobre medidas preventivas para evitar a disseminação do Coronavírus e como proceder em caso de sintomas por meio de cartazes, banners, manual de orientação e vídeo.

Medidas de enfrentamento ao Coronavírus de responsabilidade dos colaboradores:

• Lavar as mãos até metade do pulso, esfregando as partes internas das unhas, antes e depois de usar luvas;

• Usar o borrifador de álcool em gel para limpar as mãos antes e depois de usar o relógio de ponto;

• Evitar tocar olhos, nariz e boca sem higienização adequada das mãos;

• Utilizar o álcool em gel 70% e a água e sabão fornecidos pela empresa para limpar e desinfetar os espaços e equipamentos de trabalho;

• Higienizar o celular com frequência;

• Utilizar o Equipamento de Proteção Individual (EPI) completo. O descumprimento será passível de advertência;

• Ao tossir ou espirrar, levar o rosto à parte interna do cotovelo ou use lenço de papel;

• Evitar aglomerações, mantendo distância mínima de 1 metro entre um colaborador e outro;

• Usar máscara caso apresente sintomas de gripe ou tosse contínua;

• Não compartilhar objetos como talheres, copos e celulares;

• Manter abertas as janelas dos veículos (mostrar ônibus e caminhão compactador de lixo). Nos ônibus lacrados, use os exaustores e saídas de ar;

• Evitar cumprimentar com apertos de mãos, beijos e abraços;

• Não usar relógios e acessórios, pois o vírus pode se alojar neles;

• Evitar escarrar ou cuspir dentro do ônibus;

• Se apresentar febre, tosse seca ou falta de ar, comunicar o SESMT ou procurar imediatamente o Ambulatório Médico da empresa.

Recomendações ao sair da empresa:

• Ir direto para casa após o trabalho. Respeite a quarentena! Ao evitar contato com outras pessoas, as chances de contrair e espalhar o coronavírus é menor;

• Ao chegar em casa, tirar os sapatos antes de entrar e higienizar a sola;

• Ir direto para o banheiro e lavar as mãos;

• Tirar as roupas sujas e lavá-las o quanto antes;

• Tomar banho e lavar os cabelos;

• Utilizar álcool em gel 70% para desinfetar as mãos, objetos e utensílios em geral;

• Manter os ambientes limpos e bem arejados.

Ler uma placa, notas de dinheiro, mensagens de texto ou o letreiro do ônibus pode parecer tarefa fácil, mas não é para muitos varredores e coletores do Distrito Federal. Em função disso, a Sustentare Saneamento, em parceria com a Universidade Católica de Brasília (UCB), inicia, hoje (2), o curso de alfabetização de garis. Serão três turmas com 50 colaboradores ao todo e duração de nove meses.

Levantamento do Departamento de Recursos Humanos da Sustentare de Brasília aponta que dos 2.700 garis da empresa, cerca de 60% são analfabetos ou não concluíram o ensino primário. “Além de proporcionar uma vida mais digna, a alfabetização é muito importante para aumentar o engajamento dos funcionários, as chances de promoção e diminuir os riscos de acidentes”, afirma  Williani Carvalho, Coordenadora de Projetos e Desenvolvimento Humano da Sustentare e também professora do projeto.

Este é o quinto ano em que o projeto é realizado. Até o momento, 167 garis foram alfabetizados. A metodologia do curso foi desenvolvida pela UCB, por meio do projeto filantrópico “Alfabetização Cidadã”, que atende jovens e adultos não alfabetizados.

Assim como Williani Carvalho, os professores Luiz Filipe Arruda e Amanda Teles são funcionários da Sustentare e fizeram o curso de capacitação de educador promovido pela universidade. “Todas as quintas-feiras temos reuniões pedagógicas com a coordenação da UCB onde falamos sobre a evolução e as dificuldades encontradas. A partir daí nasce o planejamento das aulas seguintes, que são lúdicas e envolvem a realidade vivida pelos garis”, comenta Amanda Teles.

Três turmas acontecem na DL Sul. A Turma A é às terças e quintas das 13h às 14h15, a Turma B às quartas e sextas das 14h às 15h15 e a Turma C às quintas e sextas das 14h às 15h15.

A Sustentare viabilizou o mobiliário das salas de aulas e é responsável por custear os alfabetizadores. A UCB fornece a metodologia e os materiais escolares e o Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU-DF) cedeu os espaço físicos e autorizou que os alunos estudassem durante o horário de trabalho, contribuindo para reduzir a evasão escolar.

Após a conclusão do curso, os alunos participarão de formatura promovida pela UCB, com o apoio da Sustentare, e serão encaminhados à rede pública de ensino para darem continuidade aos estudos.

DF tem 60 mil analfabetos

O Distrito Federal possui mais de 60 mil pessoas acima de 15 anos que não sabem ler nem escrever, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  O levantamento foi realizado em 2017 e mostra que a capital do país ainda está longe de alcançar a meta nacional de redução da taxa de analfabetismo, que visa erradicar a condição até 2024.